26/10/2021

Água para análises de laboratório: O que é? Tipos? Qual sua importância?

Todos sabem da importância da água para o planeta e organismos. Essa substância essencial ocorre naturalmente no mundo de uma forma que favorece a vida humana, mas além disso, pode ser utilizada para experimentos científicos e também formulações farmacêuticas. Para isso, deve seguir um controle de qualidade muito rigoroso que garanta alto o grau de pureza e mantenha a água livre de contaminantes para que não alterem o resultado final do experimento/procedimento.

Existem diversos tipos de água, desde a água de torneira até a potável e filtrada, no entanto nenhuma delas são recomendadas para uso em laboratório. Para esse, recomenda-se que seja purificada, sem conter impurezas, microorganismos e seus subprodutos, matéria orgânica e inorgânica, íons e partículas, todos os produtos que podem interferir nos procedimentos desejados. A grande dúvida de muitos usuários é determinar qual é o tipo ideal de água para uso em laboratório em cada procedimento, como diferenciar água deionizada de água destilada. Basicamente, há 5 tipos de águas utilizadas em laboratórios e indústrias de cosméticos e farmacêuticas: água potável, água reagente, água purificada, água para injetáveis e água ultrapura.

Você sabia que a destilação de água acontece por um processo de aquecimento da água? Esse processo acontece até o ponto de ebulição da água onde a evaporação é direcionada para um recipiente, onde fica armazenado após a condensação e esse processo exige uma grande quantidade de água comum. As partículas de impureza ficarão retidas no recipiente inicial, não sendo transportado com o vapor, da mesma forma que gases que apresentem ponto de ebulição inferior ao da água possam ser eliminados antes que a água comece a evaporar.



Figura 1. Processo de destilação da água


O processo de água deionizada, desmineralização ou troca iônica, no qual a água passa por um processo de remoção de íons pela passagem da água através de pequenas esferas de resina eletricamente carregadas, é onde acontece a troca seletiva de íons dissolvidos que são trocados íons de hidrogênio (H+) pelos contaminantes catiônicos presentes, bem como íons de hidroxila (OH-) pelos contaminantes aniônicos presentes, de acordo com o ilustrado na Figura 2. Entre as limitações deste processo estão a remoção de partículas, matéria orgânica, bactérias e pirogênios.





Figura 2. Ilustração das trocas iônicas durante a deionização.


Outra forma utilizada nos mais variados setores de pesquisa, indústrias, universidades e laboratórios de prestação de serviços de análises instrumentais é a Água Ultrapura, uma água tratada com os mais altos níveis de pureza para todos os contaminantes, como compostos orgânicos e inorgânicos, volátil e não volátil, hidrofílico e hidrofóbico e gases dissolvidos.

A qualidade da água necessária para cada aplicação varia de acordo com a complexidade exigida da técnica. Por exemplo, para lavagem de vidrarias não necessitamos de alto grau de pureza, ao contrário para o preparo de amostras, que necessita um grau de pureza no mínimo nível II. Assim, os laboratórios que realizam a fase analítica de experimentos de alta tecnologia se tornam fundamentais no investimento de sistemas de purificação de água de alta qualidade que garantam o grau I ou II de pureza.


A qualificação da água segue normas da ISO, ASTM e NCCLS (National Committee for Clinical Laboratory Standards), definidas em graus 1, 2 e 3. A ISO 3696, descreve a água grau 1 com mais alta pureza, livre de coloides iônicos ou dissolvidos e de contaminantes orgânicos, apropriada para as técnicas analíticas mais sensíveis, incluindo cromatografia líquida, espectrometria de emissão por plasma (ICP-MS), cromatografia iônica, biologia molecular e eletroquímica. Para se conseguir esse padrão ultrapuro, com condutividade máxima de 0.1 µS/cm a 25ºC e conteúdo máximo de sílica de 0.01 mg/l, a partir de uma água de grau 2, a água passa por mais um passo de membranas de osmose reversa ou de deionização por troca iônica, e também pelo processo de filtração em membranas de 0.2 µm, afim de remover partículas ou sílicas provenientes do equipamento de destilação. A água de grau 2, classificada pela norma ISO com níveis reduzidos de contaminantes orgânicos, inorgânicos e coloides, é indicada para métodos analíticos, como a espectrofotometria de absorção atômica e a análise de traços. Passa pelo processo de múltipla destilação, produzindo uma água com condutividade máxima para o tipo 2 com condutividade de 1 µs/cm a 25ºC e sílica de 0.02 mg/l.

Verifique na tabela a seguir as especificações de água para laboratório de acordo com a norma ISO 3696.






A Biosan lançou os sistemas ultrapuros Labaqua que são sistemas de purificação de água multiuso. Os Labaqua produzem água ultrapura e pura diretamente da água da torneira. Qualquer configuração desses sistemas produzem Água ultrapura (Grau 1), dispensada através do filtro de ponto de uso no painel frontal. Água pura (Grau 2), dispensada diretamente do tanque de armazenamento. A versão Labaqua TRACE pode ser usado para aplicações gerais no laboratório e análises inorgânicas.


Confira o sistema de filtração na figura 4.




Figura 3. Modo de filtração Labaqua Trace.


Labaqua HPLC produz água com teor de carbono orgânico muito baixo (TOC) atendendo aos requisitos dos métodos de cromatografia líquida. A água Labaqua HPLC também pode ser usada para algumas aplicações microbiológicas e de biologia molecular. Labaqua Bio produz água com muito baixo conteúdo orgânico, sem RNase / DNase, que se destina ao uso em biologia molecular. Os ultra purificadores de água da Biosan podem ser usadas para aplicações mais exigentes como: Análise de traços inorgânicos, Cromatografia líquida, Cultura de células e Biologia molecular.




Figura 4. Modo de filtração Labaqua HPLC / Bio


A água pura produzida pelos sistemas Labaqua está em conformidade com os requisitos de água ISO 3696. A água grau 2 pode ser usada para lavagem de material de laboratório, métodos de química úmida, espectrofotômetros de chama etc.

Os sistemas Labaqua possuem um controlador com display LCD gráfico colorido para indicação da qualidade da água. O display LCD fornece todas as informações necessárias sobre o status do sistema, bem como o fluxograma do sistema, a vida útil restante do pré-filtro e o desempenho do módulo de deionização (DI). O sistema de monitoramento do módulo Smart DI também oferece uma redução nos custos de operação. Um usuário é instruído a substituir o módulo DI apenas quando o módulo estiver próximo do fim de sua vida útil (https://neobio.com.br/produtos/equipamentos/sistemas-purificacao-agua).


Confira Módulos específicos do modelo:







Entre em contato

Utilizamos cookies para melhorar sua experiência. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.