20/12/2021

Dezembro Laranja - Mês de prevenção ao Câncer de Pele

Estamos no "Dezembro Laranja", mês de prevenção e conscientização sobre o câncer de pele e neste ano, a Sociedade Brasileira de Dermatologia, faz um alerta para o verão que se aproxima. Com a diminuição da taxa de infecção e mortalidade pelo Coronavírus, a estimativa é que as pessoas voltem a ocupar as praias com maior intensidade e frequência, subestimando o uso de protetor solar.

Para orientar e esclarecer, conversamos com o Dr. Pedro Colli, dermatologista formado e residente pela Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP com título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, para que pudesse esclarecer o comportamento desse tipo de câncer e orientar sobre as melhores formas de prevenção.

Em suas próprias palavras, o câncer de pele é uma doença provocada pela multiplicação exagerada e descontrolada das células em um ponto específico da pele e justamente a perda desse controle de multiplicação causa uma lesão que leva ao câncer. Complementa ainda que existem diversos tipos de câncer de pele, porém há 3 subtipos mais comuns: o melanoma, subtipo mais agressivo e que corresponde a 3% de incidência no Brasil, e os carcinomas basocelular e espinocelular, os quais são denominados de “câncer de pele não melanoma” e têm 30% de incidência entre os brasileiros, segundo o INCA.

O câncer de pele é um tipo de câncer que pode ser desenvolvido por fatores externos, que vão além da genética e predisposição biológica, por isso é de extrema importância que fiquem claras as suas causas e os melhores métodos de prevenção.

Primeiramente, “Qualquer lugar da pele pode ser acometido”, segundo o Dr, Pedro, e ele continua: “No entanto, as áreas expostas ao sol são as mais suscetíveis ao desenvolvimento da doença, como o rosto, o “V” do decote e os braços. Apesar de menos frequente, o câncer de pele também pode se desenvolver em áreas cobertas do corpo, como região das mamas, pés e até região genital.”

Por isso ele reforça que a maneira mais eficaz de prevenção ainda é proteger as áreas expostas ao sol usando protetor solar acima de fator 30, diariamente, e evitar tomar sol entre os horários das 10h às 16h, período em que a intensidade da radiação ultravioleta é bem maior. Essas atitudes se tornam ainda mais importantes para os que exercem profissões ou atividades de lazer com exposição ao sol, como trabalhadores rurais ou praticantes de esportes, pois são comportamentos diários que podem estimular o desenvolvimento da doença.

A prevenção ainda é a melhor forma de evitar a manifestação do câncer de pele.

Então, como saber se uma pessoa está com câncer de pele?

Para responder a essa pergunta, as orientações do Dr. Pedro podem ser divididas em 3 passos:

1 – Identificar

“O câncer de pele pode se manifestar de várias maneiras. O melanoma, por exemplo, se manifesta inicialmente como pintas escuras, de diferentes colorações, bordas irregulares e que estão sempre crescendo em tamanho. Outros tipos podem se manifestar como feridas que nunca cicatrizam, com sangramento fácil e que também nunca param de crescer.”



(Imagem: Site SDB)


2 – Diagnosticar

“Na maioria dos casos, o exame físico dermatológico é suficiente para fechar o diagnóstico, sem necessidade de outros exames complementares. Em caso de dúvida, o que é bem menos frequente, o médico dermatologista pode realizar uma biópsia da pele, procedimento que consiste na retirada de um pequeno fragmento da lesão para ser avaliada em laboratório.”

3 – Tratar

“A principal forma de tratamento do câncer de pele é a retirada cirúrgica da lesão. Alguns pacientes que não podem ser submetidos à cirurgia por alguma complicação específica podem se beneficiar do uso de alguns medicamentos aplicados no local da lesão. No entanto, essa modalidade de tratamento não é tão eficaz quanto a cirurgia e pode gerar mais recidivas.

Quando o câncer de pele gera metástase, principalmente no caso do melanoma e do carcinoma espinocelular, o tratamento oncológico com quimioterapia e/ou radioterapia também deve ser realizado.

Vale ressaltar que quanto antes o diagnóstico for realizado, maior a chance de cura total.”

Ele ainda ressalta que, apesar de não ser muito comentado, o câncer de pele também pode apresentar alta taxa de mortalidade, variando de 7% a 80%, a depender do tipo e estágio do câncer quando detectado.

Com isso, o especialista compartilhou uma experiência em seu consultório para alertar a todos sobre prevenção e tratamento.

“Um episódio muito marcante na minha vida profissional foi o caso de um paciente que infelizmente faleceu por complicações da metástase de um melanoma. O intrigante dessa história é que o paciente em questão foi diagnosticado a partir da metástase, mas não possuía nenhuma lesão na pele que fosse sugestiva de câncer. Ao ser questionado, o paciente então contou que alguns anos antes do diagnóstico havia comprado um produto na farmácia por conta própria para “queimar” uma pinta na sua mão, tratamento esse ineficaz e contra indicado para cânceres de pele, resultando na complicação citada anteriormente.

Fica aqui uma grande recomendação: nunca manipule ou tente retirar uma lesão de pele sem a orientação de um dermatologista, pois tratamentos inadequados podem gerar graves complicações. Ao menor sinal de alteração na pele, procure atendimento médico dermatológico.”, finaliza.

Contato:





Pedro Colli - CRM 157.051 / RQE:69343

Telefone/celular – (14) 3813-8479 / (14)99639-3121
Email – dermatologia@pedrocolli.com
Instagram: @pedro.colli.dermatologia


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