09/08/2023

Reagentes para biologia molecular: guia completo

A biologia molecular é uma área da ciência que estuda a estrutura e a função dos ácidos nucleicos, como o DNA e o RNA. Essas moléculas são responsáveis por armazenar e transmitir a informação genética de todos os seres vivos.

Para analisar os ácidos nucleicos, é preciso utilizar reagentes específicos que permitem a extração, a amplificação, a detecção e a quantificação dessas moléculas.

Neste texto vamos explicar os principais tipos de reagente para biologia molecular, sua importância no processo de análise e as melhores práticas para escolher, armazenar e manusear esses produtos.




Tipos de reagente para análise de ácidos nucleicos

Os reagentes para biologia molecular podem ser classificados em diferentes categorias, de acordo com a técnica utilizada para analisar os ácidos nucleicos. Esse processo consiste na separação dos ácidos nucleicos do material biológico, como células, tecidos ou fluidos.

As técnicas mais comuns são:

- Métodos químicos: utilizam reagentes como isotiocianato de guanidina, fenol, clorofórmio e álcool isopropílico para precipitar e separar os ácidos nucleicos de outros componentes celulares. Esse método é rápido e eficiente, mas requer cuidados com a manipulação e o descarte dos reagentes tóxicos, além de ser passível de contaminação entre DNA e RNA .

- Coluna de resina por afinidade: utiliza uma matriz sólida que se liga seletivamente aos ácidos nucleicos, permitindo sua eluição após a lavagem dos contaminantes. Esse método é simples e prático.

- Beads magnéticas: utilizam partículas revestidas com ligantes que se ligam aos ácidos nucleicos, permitindo sua separação por meio de um campo magnético. Esse método é versátil e escalonável.

- Amplificação de ácidos nucleicos: consiste na multiplicação de uma região específica do DNA ou do RNA, utilizando enzimas que sintetizam novas cadeias complementares. A técnica mais utilizada é a PCR (reação em cadeia da polimerase), que requer reagentes como primers (sequências curtas de pares de bases (bp) que se ligam à região alvo a ser amplificada), dNTPs (nucleotídeos que formam o DNA), Taq polimerase (enzima que faz a extensão do DNA) e tampão PCR (que mantém as condições ótimas de pH e salinidade para a reação) e cloreto de magnésio que catalisa a ação da DNA polimerase.

Outro exemplo de amplificação de ácidos nucleicos é a reação em cadeia da polimerase com transcriptase reversa (RT-PCR), que permite amplificar o RNA. Para isso, é necessário utilizar um tipo de reagente chamado cDNA, que é uma cópia de DNA sintetizada a partir de um molde de RNA, usando a enzima transcriptase reversa. Já, o cDNA pode ser usado como alvo para a PCR, gerando produtos amplificados que podem ser analisados por diferentes técnicas, como eletroforese ou hibridização. A amplificação de ácidos nucleicos é uma ferramenta importante para o diagnóstico e a pesquisa de diversas doenças e condições biológicas

- Detecção de ácidos nucleicos: consiste na identificação e na visualização dos ácidos nucleicos amplificados ou não. Existem diversas técnicas para essa finalidade, como eletroforese, hibridização in situ, sequenciamento de DNA, qPCR (PCR quantitativa), NGS e microarrays. Os reagentes utilizados nessa etapa são corantes fluorescentes ou radioativos, sondas (sequências de DNA ou RNA marcadas com um sinalizador), enzimas de restrição (que cortam o DNA em locais específicos) e tampões de carregamento e corrida (que permitem a migração dos ácidos nucleicos no gel).

Importância dos reagentes na biologia molecular

Os reagentes para biologia molecular são essenciais para garantir a qualidade e a confiabilidade dos resultados obtidos nas análises de ácidos nucleicos. Eles devem ser adequados para cada tipo de técnica e amostra, além de apresentar alta pureza, estabilidade e especificidade. Os reagentes também devem ser compatíveis entre si e com os equipamentos utilizados no laboratório.

A escolha dos reagentes adequados pode influenciar na sensibilidade, na precisão e na reprodutibilidade das análises.




Escolha adequada de reagentes para obter resultados precisos

Para escolher os reagentes mais adequados para as suas análises de biologia molecular, é preciso levar em conta alguns fatores, como:

- O tipo de amostra: dependendo da origem e da qualidade da amostra, pode ser necessário utilizar reagentes específicos para extração ou amplificação dos ácidos nucleicos. Por exemplo, amostras com alto teor de gordura ou contaminadas por inibidores podem requerer kits ou protocolos especiais para remover essas interferências.

- O tipo de técnica: cada técnica de biologia molecular tem suas próprias características e exigências quanto aos reagentes utilizados. Por exemplo, para realizar uma PCR reagente é preciso escolher os primers adequados para a região alvo, os dNTPs de alta qualidade e a Taq polimerase mais indicada para a aplicação. Além disso, é preciso ajustar as condições de reação, como temperatura, tempo e número de ciclos e o tamanho do fragmento a ser amplificado, de acordo com os reagentes e a amostra.

- O tipo de equipamento: os equipamentos utilizados no laboratório também podem influenciar na escolha dos reagentes. Por exemplo, para realizar uma qPCR é preciso utilizar um termociclador com detector de fluorescência, que requer reagentes específicos para essa técnica, como sondas ou corantes intercalantes. Além disso, é preciso verificar a compatibilidade dos reagentes com o equipamento.




Melhores práticas de armazenamento e manuseio de reagentes

Para garantir a integridade e a funcionalidade dos reagentes para biologia molecular, é preciso seguir algumas recomendações de armazenamento e manuseio, como:

- Seguir as instruções do fabricante: cada reagente tem suas próprias condições de armazenamento e validade, que devem ser respeitadas para evitar a degradação ou a contaminação do produto. Por exemplo, alguns reagentes devem ser mantidos em baixas temperaturas, como -20°C ou -80°C, enquanto outros podem ser armazenados em temperatura ambiente. Além disso, é preciso verificar o prazo de validade do reagente e descartá-lo após o vencimento.

- Evitar ciclos de congelamento e descongelamento: alguns reagentes podem perder sua atividade ou estabilidade se forem submetidos a ciclos repetidos de congelamento e descongelamento. Por isso, é recomendado fracionar os reagentes em alíquotas menores e utilizar apenas o necessário para cada análise. Além disso, é preciso evitar deixar os reagentes fora da temperatura adequada por muito tempo.

- Evitar a exposição à luz ou ao ar: alguns reagentes podem ser sensíveis à luz ou ao ar e se oxidar ou se deteriorar se forem expostos a esses fatores. Por isso, é recomendado armazenar os reagentes em recipientes escuros ou opacos e fechar bem as tampas após o uso. Além disso, é preciso evitar agitar ou aerar os reagentes desnecessariamente.

- Evitar a contaminação: a contaminação dos reagentes pode comprometer a qualidade e a confiabilidade das análises de biologia molecular. Por isso, é recomendado utilizar luvas, pipetas estéreis e descartáveis e evitar o contato direto dos reagentes com as superfícies ou as mãos. Além disso, é preciso evitar misturar ou trocar os reagentes entre diferentes kits ou lotes. Por fim, uma medida essencial é o uso de cabines de UV ou fluxo laminares.




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