17/07/2023

Como evitar contaminação na pipetagem de líquidos – dicas essenciais

A pipetagem de líquidos é uma atividade essencial em muitos laboratórios de pesquisa e controle de qualidade. No entanto, essa tarefa também envolve alguns riscos de contaminação, que podem comprometer a validade dos resultados obtidos e a segurança dos profissionais envolvidos.

A contaminação pode ocorrer de diversas formas, por exemplo:

- Contato direto ou indireto entre as ponteiras e as amostras ou reagentes;

- Transferência de material biológico ou químico entre as ponteiras e as pipetas;

- Contaminação cruzada entre diferentes amostras ou reagentes;

- Contaminação ambiental por agentes externos, como poeira, microrganismos ou vapores.

Para evitar esses problemas, é preciso adotar algumas medidas preventivas que garantam a qualidade e a confiabilidade da pipetagem. Neste artigo vamos apresentar algumas dicas práticas e simples para evitar a contaminação durante a pipetagem de líquidos em laboratórios. Acompanhe!

Escolha correta dos materiais para pipetagem

O primeiro passo para evitar a contaminação na pipetagem é escolher os materiais adequados (dispositivos de pipetagem) para cada tipo de líquido e aplicação. Existem diferentes tipos de pipetas e ponteiras disponíveis no mercado, que variam em tamanho, capacidade, precisão, material e design.
As pipetas podem ser classificadas em dois grupos principais: as manuais e as eletrônicas. As pipetas manuais são operadas pelo próprio usuário, que deve ajustar o volume desejado e pressionar o êmbolo para aspirar e dispensar o líquido. Já as pipetas eletrônicas são controladas por um sistema eletrônico que permite programar o volume e a velocidade de aspiração e dispensação, além de outras funções, como mistura, diluição e distribuição.

As ponteiras são peças descartáveis que se encaixam na extremidade das pipetas e entram em contato direto com o líquido. Elas devem ser trocadas a cada pipetagem para evitar a contaminação cruzada entre as amostras ou reagentes.

Além disso, as ponteiras também podem ter características diferentes, como o material (plástico), o formato (cônico), a presença ou não de filtros (que impedem o contato do líquido com a pipeta, além de evitar que aerossóis contaminem a pipeta internamente) e se são estéreis ou não, livres de DNase e RNases ou pirogênios.

Na hora de escolher os materiais para pipetagem, é importante levar em conta alguns fatores, como:

- O tipo de líquido a ser pipetado (viscoso, volátil, corrosivo, etc.);

- O volume de líquido a ser pipetado (microlitros, mililitros, etc.);

- O nível de precisão e exatidão requerido pela aplicação;

- O risco de contaminação do líquido ou da pipeta;

- O custo-benefício dos materiais.

Nesse sentido, a Neobio oferece uma ampla variedade de produtos para pipetagem, fabricados por empresas mundialmente reconhecidas como a Sartorius que traz um novo conceito de pipetagem ao usuário. A ergonomia, o design e a confiança formam a base das micropipetas Sartorius.

Técnicas para evitar a contaminação durante a pipetagem

Além da escolha dos materiais adequados, é fundamental seguir algumas técnicas corretas de pipetagem para evitar a contaminação durante o processo. Algumas dicas são:

- Verifique se as pipetas estão calibradas e funcionando corretamente antes de usá-las;

- Use sempre ponteiras novas e compatíveis com as pipetas;;

- Evite expor as ponteiras ao ar por muito tempo;

- Evite aspirar ou dispensar o líquido com muita força ou velocidade;

- Evite formar bolhas de ar nas ponteiras;

- Descarte as ponteiras usadas em recipientes adequados;

- Limpe as pipetas regularmente com soluções apropriadas ou faça a autoclavagem, se a pipeta permitir.

Seguindo essas técnicas, você pode reduzir os riscos de contaminação e aumentar a precisão e a exatidão da pipetagem.

Cuidados na preparação das pipetas e ponteiras

Antes de iniciar a pipetagem, é importante preparar as pipetas e as ponteiras de forma adequada, para garantir que elas estejam limpas e livres de contaminantes. Alguns cuidados que devem ser tomados são:

- Armazene as pipetas e as ponteiras em locais limpos, secos e protegidos da luz, poeira e umidade;

- Verifique se as pipetas e as ponteiras estão com a calibragem em dia, de acordo com a frequência de uso;

- Guarde sempre as pipetas em seus suportes de bancada ou dentro do fluxo laminar;

- Use luvas, máscara e óculos de proteção ao manusear as pipetas e as ponteiras;

- Evite o contato direto das mãos com as pipetas e as ponteiras;

- Encaixe as ponteiras nas pipetas com cuidado, sem forçar ou torcer.

Esses cuidados podem evitar a introdução de contaminantes nas pipetas e nas ponteiras, que podem afetar a qualidade da pipetagem.


Uso de barreiras de proteção e descarte apropriado

Durante a pipetagem, é importante usar barreiras de proteção para evitar o contato do líquido com a pipeta ou com o ambiente. Essas barreiras podem ser:

- Filtros: são membranas que ficam na parte interna das ponteiras e impedem que o líquido entre em contato com a pipeta. Eles podem ser de diferentes materiais, como polietileno, polipropileno ou poliéster. As ponteiras devem ser trocadas a cada pipetagem. Vale lembrar que existem pipetas que possuem filtro também, mas independe das ponteiras.

- Luvas: são EPIs que cobrem as mãos do usuário e impedem que ele entre em contato com amostras ou reagentes . Elas podem ser de diferentes materiais, como látex, nitrila ou vinil.

É importante ressaltar que, além do uso de barreiras de proteção, é essencial fazer o descarte apropriado das ponteiras usadas, que podem conter resíduos de líquidos potencialmente contaminados. O descarte deve ser feito em recipientes específicos, que podem ser:

- Coletores: são recipientes plásticos com tampa que permitem o descarte seguro das ponteiras usadas. Eles devem ser identificados com etiquetas que indiquem o tipo de material descartado e o risco de contaminação. Eles devem ser descartados periodicamente e encaminhados para a coleta seletiva ou para a incineração.

- Autoclaves: são equipamentos que usam calor úmido e pressão para esterilizar as ponteiras usadas. Elas devem ser usadas somente para materiais que possam suportar altas temperaturas e que não sejam inflamáveis ou explosivos. Devem ser operadas por profissionais capacitados e seguindo as normas de segurança.

Fazendo o uso correto das barreiras de proteção e o descarte adequado das ponteiras usadas, você pode evitar a contaminação da pipeta, do líquido, do ambiente e do usuário.




Limpeza e descontaminação de equipamentos de pipetagem

Mantenha os equipamentos de pipetagem limpos e descontaminados. Isso inclui tanto as pipetas quanto as ponteiras utilizadas.
As pipetas devem ser limpas regularmente com desinfetante adequado e/ou realizar a autoclavagem, se o material permitir, especialmente nas partes que entram em contato com as ponteiras. Além disso, é mandatório realizar uma calibração periódica das pipetas para garantir a precisão e a exatidão das medidas.

As ponteiras devem ser descartáveis e podem ser estéreis ou não. Devem estar embaladas em sacos plásticos apropriados no caso de pipetas a granel ou em racks. As ponteiras devem ser trocadas a cada nova amostra ou reagente, evitando-se o uso de uma mesma ponteira para diferentes soluções. Além disso, deve-se evitar tocar as ponteiras com as mãos ou com qualquer superfície que possa estar contaminada.



Escolha as soluções adequadas para você!

A escolha das soluções utilizadas na pipetagem também é um fator importante para evitar a contaminação. Existem diversos tipos de soluções disponíveis no mercado, cada uma com suas vantagens e desvantagens. Algumas delas são:

- Água ultrapura: é a solução mais pura e livre de contaminantes, ideal para aplicações que exigem alta sensibilidade e especificidade. No entanto, a água ultrapura também é muito suscetível à contaminação por microrganismos ou material genético, por isso deve ser armazenada e manipulada com cuidado.

- Água destilada: é uma outra opção, mas também possui um grau de pureza menor. Pode ser utilizada como reagente ou como solvente para preparar soluções.

- Tampões: são soluções que mantêm um pH constante e podem conter agentes estabilizantes, conservantes ou inibidores de enzimas. São indicados para aplicações que requerem um controle do pH ou uma proteção contra a degradação das amostras ou reagentes.

- Soluções salinas: são soluções que contêm sais dissolvidos em água, como o cloreto de sódio (NaCl). São utilizadas para aplicações que necessitam de uma osmolaridade adequada ou uma reprodução do ambiente fisiológico das células.

- Soluções detergentes: são soluções que contêm substâncias surfactantes capazes de solubilizar lipídios e proteínas. São empregadas para aplicações que envolvem a lise celular ou a extração de ácidos nucleicos.


Técnicas de pipetagem que minimizam os riscos de contaminação

Algumas técnicas que podem ajudar a minimizar os riscos de contaminação são:

- Pipetagem reversa: consiste em aspirar um volume no segundo estágio da pipeta e dispensar até o primeiro estágio o volume necessário, deixando um resíduo na ponteira. Essa técnica é utilizada para materiais viscosos, evitando a formação de bolhas de ar, reduzindo a produção de aerossóis.

- Pipetagem por toque: consiste em tocar levemente a ponteira na parede do tubo ou do recipiente após expelir o líquido, removendo o excesso que possa ficar na ponta. Essa técnica evita a perda ou a transferência involuntária de líquido, garantindo a precisão e a exatidão das medidas.

- Pipetagem por ângulo: consiste em inclinar levemente a pipeta em relação ao tubo ou ao recipiente durante a aspiração e a expulsão do líquido, evitando que a ponteira fique submersa ou encoste na borda. Essa técnica evita a contaminação da ponteira por líquidos que possam estar presentes na superfície ou na borda do tubo ou do recipiente.




Conclusão

A pipetagem de líquidos é uma atividade fundamental em diversos laboratórios, mas também envolve alguns desafios e cuidados para evitar a contaminação. Neste artigo apresentamos algumas dicas práticas e simples que podem ajudá-lo a realizar uma pipetagem segura e confiável, desde a escolha dos materiais e das soluções até as técnicas corretas.

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